Nesta segunda-feira (23), o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa (CDEPG) recebeu na reunião ordinária do mês de setembro, a presença do diretor-presidente da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), Claudio Stabile. Foi apresentado para os conselheiros e membros da Câmara Técnica Temporária de Saneamento a nova proposta de contrato de programa para o município.
A gerente geral da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) Região Sudeste, Jeanne Schmidt discorreu sobre os investimentos efetuados nos últimos anos, como também intenções de investimentos para novo contrato, com previsão de R$ 422 milhões, além da aplicação de R$ 1,2 bilhão na manutenção da rede, que somados deve superar a marca de R$ 1,7 bilhão aplicados na área do saneamento, em Ponta Grossa. A nova proposta de contrato de programa, a Sanepar prevê realizar investimentos de R$ 161 milhões na rede de abastecimento de água, para garantir o atendimento em 100% do município, mesmo diante da crescente expansão populacional e surgimento de novos conjuntos habitacionais. “O contrato de concessão estará vigente até 2026, mas o contrato de programa irá assegurar todos os investimentos acordados e detalhados com o ano de implantação”, disse a gerente sobre a nova proposta que teria vigência para os próximos 30 anos.
Foi comentado também sobre o déficit de abastecimento em Ponta Grossa, que se não for remediado de maneira emergencial até 2021, existe o risco de o sistema entrar em colapso. A gerente salienta que de maneira paliativa, serão investidos R$ 15 milhões e 500 mil para aumentar a vazão do Rio Pitangui, para então, até 2026 realizar a captação de água de um novo polo, do Rio Tibagi. “Com a captação do Rio Tibagi, se cumpriria com a legislação ambiental e teria segurança operacional para incrementar em 50% do volume produzido atualmente em Ponta Grossa”.
Para Stabile, após aprovado o Plano de Saneamento, o momento será de estudar a proposta da Sanepar. Ele disse que a cidade deve se importar, as lideranças têm que discutir, pois quando se pensa de forma colegiada, a chance de errar é menor. “O trabalho do CDEPG é louvável, pois vocês estão representando muita gente que nem sabem que estão aqui e as gerações futuras”, apontado diretor presidente da Sanepar, que salientou que a missão da Sanepar, independente de governo é levar saúde para a população.
O prefeito Marcelo Rangel (PSDB), agradeceu a presença da equipe da Sanepar na reunião e comentou que já na proposta anterior, o Município se baseou no contrato de Maringá, que passou por uma análise feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontou que a medida seria benéfica para a cidade do noroeste do Paraná. “O Município não tem recursos para custear a FGV para fazer esta avaliação em Ponta Grossa. Porém, se temos dúvidas quanto as vantagens ou desvantagens desta nova proposta, temos que saná-las, pois me preocupo além do meu mandato, com as futuras gerações”, disse Rangel.
Para o presidente do CDEPG, Wilson Souza de Oliveira a reunião foi muito produtiva, devido ao fato dos conselheiros terem levantado diversos questionamentos, mas também críticas à Sanepar em gestões anteriores. “A presença do diretor presidente da Sanepar em nossa reunião demonstra o compromisso da Companhia em dialogar para que seja firmado um contrato justo para ambas as partes. Cabe agora, aprofundarmos os estudos e as discussões para deliberarmos futuramente sobre esta demanda fundamental, não apenas para a produtividade do município, mas também para a saúde das pessoas”, finaliza Oliveira.